Efésios 6.10-20: NA FORÇA DO PODER DE DEUS


É com a armadura de Deus que podemos enfrentar e vencer o diabo e as outras forças do mal (11-12).

**Obs.: O diabo é um derrotado, um perdedor. Sinceramente fico triste com as igrejas que enfatizam demasiadamente os poderes do diabo e seus servos. Parece que algumas igrejas falam mais sobre as forças do mal do que sobre o Vencedor e Senhor de todos. Preocupam-se com questões de hierarquias de poder no reino das trevas; fazem espetáculos dramáticos de expulsão de demônios; falam detalhadamente sobre características e poderes de Satanás. O Novo Testamento apresenta o diabo como um derrotado contra quem devemos resistir confiantes na vitória (Hebreus 2:14-15; 1 João 3:8; Apocalipse 12). Ele tem poder (veja 1 Pedro 5:8-9), mas o poder dele nem se compara com a força superior do nosso Rei!


Para vencer o Adversário e "permanecer inabaláveis", precisamos vestir a armadura de Deus (13-17; veja 1 Tessalonicenses 5:8):


  1.  O cinto da verdade. O cinto do soldado foi a peça central de sua armadura, segurando a roupa dele perto do corpo e dando lugar para carregar a sua espada e outras necessidades da batalha. Na vida do discípulo, esta peça central é a verdade, que vem de Deus (João 17:17). Para servir de proteção, a verdade precisa ser conhecida, recebida e aplicada. Isso exige estudo cuidadoso, aceitação de coração bom e sincero, e a coragem de aplicar a palavra em nossas vidas e efetuar as mudanças necessárias.
  2.  A couraça da justiça. A couraça protege o coração, o peito do soldado. A proteção do servo de Deus não vem por meios carnais. A injustiça de mentiras, engano, etc. não protege ninguém do inimigo real. A justiça, a santidade, a integridade moral são a proteção do servo do Senhor.
  3. Os calçados (sandálias) de preparação do evangelho. As sandálias usadas pelos soldados romanos, na época de Paulo, tinham cravos para dar aos soldados uma vantagem contra inimigos despreparados (com sandálias inadequadas ou até descalços). O servo do Senhor tem de estar preparado, com as sandálias já nos pés. Se esperar a invasão do inimigo para se vestir, não conseguirá resistir. A preparação do soldado de Cristo é o evangelho da paz. É interessante que, no meio a tanta linguagem de guerra, Paulo nos lembra que a nossa missão é de reconciliação, como servos do Príncipe da Paz (veja 2:14-18).
  4. O escudo da fé. O escudo do soldado romano cobria boa parte do corpo dele, e servia para repelir dardos, flechas, etc. O diabo lança seus dardos inflamados, mas o cristão se defende com o escudo da fé. Quando temos convicções fundadas na palavra de Deus, podemos resistir aos assaltos do Inimigo (Romanos 10:17).
  5. O capacete da salvação. O capacete é de extrema importância. A nossa proteção contra golpes mortais é a salvação que Cristo nos trouxe (Atos 4:12).
  6. A espada do Espírito. Não devemos entender que a nossa guerra seja apenas defensiva. Entramos na batalha armados para enfrentar e vencer o Inimigo. "Porque, embora, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas, e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão" (2 Coríntios 10:3-6). A nossa espada, nossa única arma ofensiva, é a palavra de Deus.Falar sem ouvir. Algumas pessoas oram muito, até fazendo súplicas constantemente, mas não dão importância ao estudo da palavra. É importante falar com Deus, mas jamais devemos negligenciar o estudo da palavra dele.

    Revesti-vos da Armadura de Deus
    A luta espiritual (6:10-13). Imagine acordando um dia e achando sua casa bem no meio de um campo de batalha. Com bombas explodindo ao seu redor, os disparos de metralhadoras e os gritos dos feridos, qual seria o seu primeiro pensamento? Se levantaria para ir ao serviço? Iria para a escola? Lavaria o carro? A sua primeira reação seria a sobrevivência sua e da sua família, não é?
    Mesmo quando não percebemos a guerra ao nosso redor, isso não quer dizer que ela não exista. Em termos bem fortes, Paulo escreve que o mundo é um campo de batalha espiritual (6:12). Nós precisamos nos despertar para ver que a batalha é real!

    Essa batalha não é guerra material, e sim espiritual. Então, como alguém pode sobreviver? Precisamos ser "fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (6:10) e devemos vestir "toda a armadura de Deus" (6:11,13).

    A armadura de Deus (6:14-20):
    • O cinto (6:14). A verdade (a palavra de Deus Sveja João 17:17) precisa ser embrulhada ao centro do nosso ser para segurar todas as coisas. Sem o cinto da verdade, a armadura se desmancha.
    • A couraça (6:14). O coração é protegido pela justiça de Deus, que é revelada no evangelho (veja Romanos 1:17). O cristão que vive segundo o evangelho está protegendo seu coração do mal.
    • Os calçados (6:15). Quando convertido pelo evangelho da paz, o inimigo se torna aliado. Quando há mais aliados e menos inimigos, fica mais fácil vencer a batalha. Pregando o evangelho da paz salva vidas da destruição da batalha.
    • O escudo (6:16). A fé é o escudo do cristão contra "todos os dardos inflamados do Maligno". Tudo pode ser vencido em Cristo (veja Filipenses 4:13), através da fé verdadeira que foi uma vez por todas entregue por ele (veja 4:4; Judas 3).
    • A espada (6:17). A única arma ofensiva que o cristão precisa é a palavra de Deus (veja Hebreus 4:12; João 12:48; Apocalipse 1:16; 19:15). Para ganhar uma batalha espiri-tual, temos que falar a palavra espiritual de Deus, e não a palavra carnal dos homens.
    Utilizando, com oração, todos esses recursos ouvimos da luta determinada de um bom soldado, somos motivados a continuar batalhando mesmo quando sentimos fracos. Mesmo no meio à batalha ardente, na confiança do Senhor encontramos paz, amor e graça.

    Uma das garantias mais claras da Bíblia é que Deus dá força àqueles que confiam nEle. A promessa está espalhada pela Sua Palavra, em forma de frases e de exemplos.


    O apóstolo Paulo sintetiza esta garantia no contexto de duas áreas específicas, em que as dificuldades são maiores: a vida familiar e a vida profissional. Assim, ele termina sua grande lição sobre a mutualidade nos relacionamento na casa e no trabalho, com um desafio, que é, ao mesmo tempo, uma promessa:

    (Efésios6.10-20)

    Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder.

    Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.

    Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.

    Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador preso em correntes. Orem para que, permanecendo nele, eu fale com coragem, como me cumpre fazer. (Efésios 6.10-20)

    1. Tenhamos em mente que a vida é uma guerra de natureza espiritual.



    Gosto de ouvir o apóstolo Paulo dizendo que "nossa luta não é contra carne e sangue", porque passamos a maior parte da vida neste tipo de luta. Ah se lêssemos mais a Bíblia!

    A palavra ("luta") utilizada significa um combate entre duas pessoas até que um derrube o outro e o atire para fora da zona de conflito.

    A nossa luta é contra inimigos muito poderosos, que só podem ser enfentados com o poder de Deus. O diabo erige seus castelos no ar e na terra, mas seus castelos serão derrubados. Quando leio este texto, imagino uma luta de esgrima no ar, mas também imagino a luta surda que enfrentamos na cena comum, onde vemos o mal como tão arraigado que parece inexorcizável. Quem de nós acha que um dia teremos um Brasil sem corrupção, que se tornou um estilo de vida entre os príncipes e os plebeus.

    Isto pode soar um pouco estranho, porque convivemos com pessoas que espiritualizam tudo e com pessoas que não espiritualizam nada, naturalizando tudo.

    No entanto, só podemos compreender a vida se a compreendemos como a Bíblia a compreende (Ray Stedman). E a Bíblia diz que vida é uma guerra de natureza espiritual, mesmo que estejamos acossados por pessoas e situações, às quais o apóstolo Paulo chama de "carne e sangue" (verso 12).

    Para muitos, religião tem a ver com satisfação de seus desejos; e, de fato, tem, mas a religião pagã, não o cristianismo, que tem a ver com um relacionamento de paz com Deus, apesar dos esforços de Satanás para impedir esta paz.

    Paulo que sofreu, como poucos, por amar a Deus e pregar a Sua Palavra, nos diz que a luta do cristão não é contra "carne e sangue". É como se o apóstolo dissesse de si mesmo o seguinte: "Carne e sangue são reais e podem fazer muito mal. No entanto, onde quer que a carne de alguém me ataque ou o sangue de alguém ferva contra mim ou meu caminho seja impedido por um homem, há algo acontecendo, algo mais profundo, maior, pior, mais sinistro, mais destrutivo diante de mim. É claro que carne e sangue podem ofender ou atrapalhar a causa de Cristo. O que eu quero dizer é que o príncipe do poder do ar é mais perigoso que qualquer dos seus súditos mas que será superado em cada momento do conflito ou que ele já perdeu a batalha.

    Paulo está nos dizendo que, mesmo que estejamos em meio a conflitos, até mesmo de injustiças e de perguntas pessoais sem resposta, a nossa verdadeira luta não é contra carne e sangue. Os discípulos de Jesus, no sentido, não são deste mundo, não que as coisas deste mundo não lhe importem, mas são colocadas no seu devido.

    Se cremos assim na Palavra de Deus, o desafio soa claro: fixemos menos os nossos olhos na carne e no sangue, porque a nossa luta é mais em cima e já foi vencida por Cristo para nós.
    2. Vistamos a armadura de Deus.

    Já que nossa vida é uma guerra, nas vidas familiar e profissional, precisamos estar preparados. Preparados e fortalecidos.

    E só estaremos fortalecidos, se vestirmos a armadura de Deus.

    Para as lutas humanas, há armaduras, mas não há garantia de vitória com elas. A fotografia premiada como a melhor de 2007 mostra um soldado exausto no Afeganistão. Eis uma imagem perfeita das guerras travadas contra a carne e o sangue. (Veja a foto). Na guerra espiritual, contamos com a armadura vencedora, indestrutível, de Deus. Em outras palavras, Deus nos oferece os recursos para esta luta contra Satanás.

    O apóstolo Paulo conhecia bem a armadura dos soldados romanos, especialmente depois de ter passado cerca de três anos vigiado por alguns deles. Talvez tenha escrito este texto tendo um soldado uniformizado diante de si, enquanto ditava sua correspondência.Nesse período, a armadura de um soldado consistia de escudo, espada, lance, capacete e couraça. Paulo omite a lança, mas acrescenta o cinto e os sapatos, que, embora não fizessem parte da farda militar, eram-lhe necessários.

    O apóstolo usa, na verdade, a armadura como uma metáfora, porque a cada peça acrescenta um elemento de natureza espiritual, capaz de levar à vitória espiritual.

    O cinto do cristão é a verdade. É a verdade que impede que sua roupa caia. Toda a sua vida está erigida sobre a verdade.

    A couraça do cristão é a justiça. Todos os seus relacionamentos são justos.

    O sapato do cristão é a paz. Onde vai, o cristão planta o evangelho da paz, a reconciliação com Deus, como embaixador de Cristo.

    O escudo do cristão é a fé. É a fé em Deus que o protege de confiar em si mesmo, de seguir os outros.

    O capacete do cristão é a salvação. O que despencar sobre a cabeça do cristão não lhe causará dano porque é resistente o capacete da salvação, colocado pela graça.

    A espada do cristão é a Palavra de Deus. A armadura do cristão tem quatro armas de defesa e dois de ataque. A primeira é o sapato, usado para caminhar e anunciar. A segunda é a espada, empregada para alcançar pessoas com a palavra de Deus, não com as suas, por mais sábias e experientes que sejam. A armadura é, ao mesmo tempo, arma de defesa e de ataque.

    O diabo existe e nos põe ciladas. Ele conhece os pontos fracos na nossa armadura. Nós temos pontos fortes que são nossos pontos fracos.

    Não há consolo em conhecer as ciladas do mal, mas há consolo em saber que Deus nos coloca à disposição sua armadura (cinto da verdade, couraça da justiça, sapatos da paz, escudo da fé, capacete da salvação e espada da Palavra de Deus).

    3. Oremos mais.

    Precisamos da armadura de Deus, mas também precisamos da oração a Deus. Satanás treme quando um cristão se ajoelha. (

    Por isto, como recomenda Paulo, devemos orar em todas as ocasiões (verso 18).

    Precisamos orar mais, como indivíduos (e aqui me incluo desesperadamente) e como igrejas.

    A oração é a nossa fraqueza e a nossa força. Só oramos quando reconhecemos que somos fracos. Quando oramos, somos fortalecidos com coragem para a luta.

    4. Preguemos o Evangelho.

    O maior inimigo do Evangelho é Satanás. Onde o Evangelho todo é anunciado, ele perde tudo. Por isto, nossa maior luta é pregar o Evangelho, o Evangelho todo, ao homem todo, em todos os lugares. Perdemos muito tempo em lutar contra carne e sangue, quando devemos lutar contra Satanás, anunciando o Evangelho aos seus súditos, para que se convertam a Jesus Cristo.


Assim armados e confiando no Senhor, devemos desenvolver o hábito de oração constante (18). Note aqui:

  1. Oração é a comunicação com Deus.
  2. Súplicas são apelos ou petições pedindo ajuda.
  3. Orando "no Espírito" tem duas possíveis interpretações: (a) Orando como aprendemos do Espírito Santo, de acordo com a vontade do Senhor; (b) Orando no espírito (a letra maiúscula não está no original; é questão de interpretação) no sentido de oração sincera do coração.
  4. Vigiando com perseverança sugere uma atitude de dedicação incansável à oração.
  5. Devemos orar pelos santos, fazendo súplicas em favor dos irmãos em Cristo.

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